sexta-feira, 25 de maio de 2018

I Simpósio de Recursos Hídricos do Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana

O I Simpósio de Recursos Hídricos do Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, realizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, acontecerá no dia 13 de junho, no Centro de Convenções da UENF, em Campos dos Goytacazes/RJ. Seu objetivo é promover a troca de experiências e apresentação de projetos que contribuam para uma melhor gestão dos Recursos Hídricos na região. Confira abaixo a programação do evento:



Para se inscrever, clique aqui.

Comitê Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana divulga edital de auxílio financeiro para elaboração de trabalhos técnicos e científicos

O Comitê Baixo Paraíba do Sul e itabapoana e a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – AGEVAP divulgaram nesta semana um edital de seleção pública para concessão de auxílio financeiro para elaboração de trabalhos técnicos e científicos com recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso dos recursos hídricos na região hidrográfica Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana.

O edital visa selecionar projetos de graduação, mestrado e doutorado, destinando um total de R$100.00,00 para as pesquisas. Os temas disponíveis para enquadramento das pesquisas são:
- Gerenciamento de recursos hídricos;
- Recuperação da qualidade ambiental;
- Proteção e aproveitamento dos recursos hídricos.

As inscrições podem ser feitas no período de 04/05/2018 à 18/06/2018. Para mais informações, acesse o edital clicando aqui.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

1° Reunião Ordinária do Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana será realizada nesta sexta, dia 04/05, em Bom Jesus/RJ

Convite para 1° Reunião Ordinária do Comitê do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana no ano de 2018

Com o objetivo de interiorizar as ações do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul e Itabapoana, a primeira reunião da plenária do comitê será realizada no Instituto Federal Fluminense, em Bom Jesus do Itabapoana, no dia 04/05/2018 às 13:30 horas.

A reunião será aberta ao público e terá como pauta: Formação das Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho (novos membros); Eleição de Coordenadores das Câmaras Técnicas e Grupos de Trabalho; Termo Aditivo CG 01/2010 - INEA/CBHs/AGEVAP; Critérios para preenchimento das vagas disponíveis no Comitê do Baixo; Participação no Fórum Mundial da Água.


A mobilização e a participação da comunidade bonjesuense é de grande importância! 

terça-feira, 1 de maio de 2018

Rio Itabapoana quase seco no trecho após a PCH Pedra do Garrafão



Durante os anos de 2014 e 2015, tive a oportunidade de realizar diversas saídas de campo pela região do rio Itabapoana enquanto realizava minha pesquisa de mestrado pelo IFF, ocasião em que conheci os pescadores da comunidade de Limeira, Mimoso do Sul/ES.

A comunidade fica a cerca de 2km da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Pedra do Garrafão, localizada no trecho final do rio Itabapoana, entre os municípios de Campos dos Goytacazes/RJ e Mimoso do Sul/ES, e é composta por 13 famílias


A PCH Pedra do Garrafão, que pertence à empresa PCH - Performance Centrais Hidrelétrica Ltda., começou a ser construída em outrubro de 2007 e entrou em operação em 2009, com capacidade instalada de 17MW. Seu reservatório ocupa 271 hectares de área inundada, como pode ser observado nas imagens abaixo:




Em 2015, realizei uma reunião com os pescadores de Limeira, que falaram sobre aspectos do licenciamento ambiental da PCH, da falta de participação da comunidade e das falsas promessas feitas nas audiências. Muitos impactos, como a diminuição da vazão natural do rio, extinção de diversas espécies de peixes e impossibilidade de pescar não foram apresentados e discutidos, mostrando que os impactos negativos são sempre omitidos das populações atingidas.



Nas fotos abaixo é possível ver as rachaduras que surgiram nas casas durante a construção da PCH. Segundo relatos dos moradores, isso ocorreu durante a detonação de explosivos e os prejuízos não foram ressarcidos pela empresa.



Mas sem dúvidas o principal impacto ocorre no trecho de vazão reduzida da PCH, um trecho de 2km que fica entre a barragem, onde a água é desviada, até a casa de força, onde a água move as turbinas para gerar energia e volta ao seu curso natural.

O trecho era utilizado para desenvolver suas atividades de pesca, principal fonte de renda da comunidade. Mas atualmente o ofício foi totalmente comprometido, já que é impossivel a sobrevivência de qualquer espécie aquática no local.

Outro problema ocorreu no período da piracema, quando diversas espécies marítimas sobem o rio para completar seu ciclo reprodutivo. O pescadores relataram que neste momento, os peixes subiram até o trecho seco e ali morreram nas pedras, situação que gerou mal cheiro e presença de urubus. Além de comprometer um ciclo natural, a construção de barragens também contribui para extinção de espécies que necessitam completar seu ciclo reprodutivo nas cabeceiras dos rios.












Em breve a história dos conflitos gerados durante a instalação da PCH será contada através de um documentário, produzido pelo O Itabapoanense. Siga nossas redes sociais para acompanhar as novidades! Estamos no Facebook e no Instagram.

Para saber mais, leia o artigo 'Conflitos Socioambientais no Baixo Itabapoana: Estudo de caso Sobre a PCH Pedra do Garrafão' (clicando aqui), que foi apresentado no 3º Seminário Nacional de Planejamento e Desenvolvimento e posteriormente publicado na 54ª edição do Boletim Petróleo, Royalties e Região.